O Candomblé para mim deixou de ser apenas uma religião para se tornar um estilo de vida.

"Huntó Douglas D' Odé"

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Série "Cabeças especiais" - Abíasé (A força trouxe a vida)

São crianças portadoras de grande Asé, pois parte de sua geração foi dentro do Ronkó. São filhos de mulheres que ao iniciarem-se não sabiam que estavam grávidas. Isso não significa que, uma mulher sabendo que está grávida entre para se iniciar e seu filho será um Abíasé. Só é considerado Abíasé se a mãe não souber da gravidez.

A criança Abíasè recebe toda a fundamentação da mãe. Ao nascer essa criança deverá tomar Oboris periódicos de 01 a 03 anos de idade. A partir de então, a criança fica liberada para concluir seu ciclo infantil. Quando a criança completar 07 anos de vida, deverá voltar ao Asé para ver se é preciso raspar.

O Abíasé tem seu Òrísà individual, independente do òrísà que o acolheu na barriga da mãe. Terá sempre a obrigação de cultuar o òrísà da mãe. Exemplo: Se a mãe for de osún Adolá, o filho deverá ter algém da Osún de seu carrego, a Osún Adolá em reverênbcia a sua mãe.

O Abíasé não nasce feito, ele apenas é detentor do Asé de dois òrísàs, pois recebeu ainda na barriga a fundamentação do òrísà da mãe e receberá a fundamentação do seu Òrísà, quando  inicia-se. Para um Abíasé ser considerado feito, ele deve ser do mesmo Òrísà da mãe incluindo o caminho qualificativo, ou seja, se a mãe for de Osún Karè o filho para ser considerado feito deverá ser também de Osún Karè. Um Abíasé poderá virar a qualquer momento ou nunca. Não pode ser considerado como Ogan ou Ekedjí.

Nem toda cabeça nasceu para ser raspada!

Por: Akòwé Ofá Dourado

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