Os negros africanos não começaram a serem escravizados a partir do século XV quando aconteceu o primeiro contato dos europeus com o continente africano. Na África antiga os negros se escravizavam entre si, por exemplo, em uma guerra entre dois reinos distintos era comum que o reino derrotado fosse escravizado pelo reino vencedor. A África era considerada pelos europeus como uma grande reserva de mão-de-obra.
Nos séculos XVII/XVIII os principais pontos de abastecimentos de escravos era o Senegal, Gâmbia a Costa do Ouro e a Costa dos Escravos. A Nigéria, Angola e o Congo vieram a ser pontos de abastecimentos de escravos no século XVIII/XIX.
Com a descoberta do Brasil e com a implantação do sistema de Capitanias Hereditárias, os portugueses voltam à África para trazerem mão-de-obra escrava para trabalhar na nova terra descoberta. Com armas de fogo, os portugueses atacavam aldeias e capturavam homens, mulheres e crianças. Alguns grandes reinos da África começaram a ajudar os portugueses na captura de negros, sendo assim os portugueses davam a esses reinos total segurança para que não fossem escravizados.
Após serem marcados com um ferro em brasa nos braços, nas pernas ou no peito, eram acorrentados e amontoados nos porões dos navios, conhecidos como tumbeiros, uma referência à tumba, já que vinham deitados. Muitos não resistiam à viagem, que chegava há durar quatro meses.
Os escravos eram chamados pelos seus capturadores como “peças”, seu preço variava de acordo com a condição física, idade, sexo e peso. Depois de comprados como mercadorias em armazém, os negros eram levados para as fazendas, onde aguardavam um trabalho exaustivo, maus-tratos e punições quando preciso. O senhor, dono absoluto do escravo, fazia dele o que bem entendesse. Os negros eram vigiados pelo Feitor, que eram mestiços, geralmente filhos do senhor de engenho com uma escrava.

Por: Akòwé Ofá Dourado
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