Ogún é um guerreiro imbatível, pai protetor e sábio, conselheiro de seus filhos. Grande artífice da natureza, Ogún é o mais importante Òrísà da cultura afro-brasileira. Segundo a mitologia Iyorubana, é o filho querido de Òdùdùwá, criador da existência. Deus da agricultura, do ferro e da tecnologia, responsável por tudo o que a humanidade desenvolve nesses setores. Ogún é o próprio sulfato ferroso que garante o funcionamento saudável do fígado. É considerado como o mais ativo dos Òrísà, poderoso, guerreiro feroz, Ogún não tem só o lado belicoso: amigo seguro, paternal, é também um excelente companheiro na caminhada da vida, garantindo a seus filhos uma existência de muito trabalho e conquistas, longe da acomodação. Ogún é líder, centralizador de poder, hábil estrategista. Está normalmente presente nas mudanças sociais, políticas e estruturais. Em casa com a família, no bairro, na cidade ou até mesmo no país. Ogún é o grande conselheiro na hora de se escolher novos caminhos a seguir.
Herói civilizador, Ogún foi o fundador da cidade de Ilè Ifé, enquanto Òdùdùwá esteve cega por um período, Ogún foi o regente da cidade. Conhecido pelo povo Bantu como Nkocy e pelo povo Fon como Togbògun. Irmão de Òsóssì e segundo marido de Iyansà. Conta o itan que Ogún entrou em grande guerra com Sangò pelo amor de Iyansà. Ogún ganhou durante toda a guerra, porém, no final da guerra quando Sangò viu que estava perdendo a guerra, Sangò jogou um ajebó fazendo com que Ogún caísse e perdesse a guerra, no momento da queda de Ogún, Sangò estava pronto para terminar a guerra, Iyansà entrou no meio, como nem mesmo Sangò ousa enfrentar Iyansà, o vencedor da guerra foi Ogún.
Seu filhos são pessoas fortes, aguerridas e impulsivas, incapazes de perdoar as ofensas de que foram vítimas. Das pessoas que perseguem energicamente seus objetivos e não se desencorajam facilmente. Daquelas que, nos momentos difíceis, triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda a esperança. Das que possuem humor mutável, passando de furiosos acessos de raiva ao mais tranqüilo dos comportamentos. Finalmente, é o arquétipo das pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se arriscam a melindrar os outros por uma certa falta de discrição quando lhe prestam serviços, mas que, devido à sinceridade e franqueza de suas intenções, tornam-se difíceis de serem odiadas. Na maioria das vezes são pessoas impulsivas, briguentas e que não desistem nunca.
Por: Huntó Douglas D' Odé
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