A palavra "Quilombo" tem origem nos termos "kilombo" (Quimbundo) ou "ochilombo" (Umbundo), presente também em outras línguas faladas ainda hoje por diversos povos Bantus que habitam a região de Angola, na África Ocidental. Originalmente, designava apenas um lugar de pouso utilizado por populações nômades ou em deslocamento; posteriormente passou a designar também as paragens e acampamentos das caravanas que faziam o comércio de cera, escravos e outros itens cobiçados pelos colonizadores.
Foi no Brasil que o termo "quilombo" ganhou o sentido de comunidades autônomas de escravos fugitivos.
Os escravos negros reagiam de
diversas formas contra a situação a que estavam submetidos. Contudo, os quilombos representaram a mais importante forma de resistência dos negros. Os quilombos eram mais que um simples refúgio para escravos. Possuía toda uma organização, um quilombo representava ainda a liberdade de culto para os escravos, ou seja, nos quilombos não eram proibidos de praticarem suas danças e seus ritos aos Òrísàs. De todos os quilombos, o mais conhecido foi o Quilombo de Palmares, que, por mais de sessenta anos, resistiu aos ataques de homens armados organizados pelos europeus.
O Quilombo dos Palmares localizava-se na então capitania de Pernambuco, na serra da Barriga, região hoje pertencente ao município de União dos Palmares, no estado brasileiro de Alagoas.
Conheceu o seu auge na segunda metade do século XVII, constituindo-se no mais emblemático dos quilombos formados no período colonial. Transformou-se no moderno símbolo da resistência do africano à escravatura, ainda que, paradoxalmente, tenha-se conhecimento do uso de escravos em muitos quilombos.
Por: Akòwé Ofá Dourado
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