Os anos passam e chegamos ao ano de 1922, o ano que Maria Escolástica da Conceição Nazaré, Mãe Menininha do Gantois, sentou no trono do Terreiro do Gantois. Os anos se passaram, mas o Candomblé continuava sendo perseguido, porém não mais pela Igreja Católica, pelo menos não visivelmente, mas o Candomblé passou a ser perseguido então pela polícia. Em 1930 Mãe Menininha consegue com que a perseguição da polícia seja menor, mas uma lei de jogos e costumes condicionava a realização dos rituais com a autorização da polícia, além de limitar o horário para término dos cultos às 22h00minhrs. Mãe Menininha foi uma das grandes articuladoras do término das restrições e proibições. “Isso é uma tradição ancestral, doutor” dizia Mãe Menininha ao Delegado. Mãe Menininha abriu as portas do Gantois para brancos, Católicos, e todos aqueles que quisessem visitar o Terreiro, a partir de então o Candomblé deixa de ser uma religião apenas de escravos e seus descendentes. Por meados de 1970 chega ao fim a Lei de Jogos e Costumes, Mãe Menininha modernizou o Candomblé sem deixar que os ritos se transformassem em espetáculo para turistas. Mãe Menininha nunca deixou de assistir um missa, e ela foi quem convenceu os Bispos da Bahia a permitir a entrada de mulheres nas igrejas, inclusive ela, vestida com roupas tradicionais de Candomblé.
É impossível falar sobre a existência milenar do Candomblé, e não falar de Mãe Menininha do Gantois. Grande Sacerdotisa e modernizadora do Candomblé no Brasil. Se hoje o Candomblé já não é mais uma religião de apenas escravos e seus descendente é graças à Mãe Menininha que um dia abriu as portas do Oni Gantois para quem quisesse entrar.
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Por: Akòwé Ofá Dourado
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